11 Lendas Amazônicas: Conheça seus personagens
A Amazônia é uma região repleta de belezas naturais, mas além do que vemos diante disso, há também detalhes místicos que podem passar a ser conhecidos através das suas lendas, muitas deles se tornando parte do folclore nacional.
Para que siga entendendo sobre, reunimos abaixo as 11 principais lendas amazônicas, explicando melhor sobre a história em si e revelando seus personagens. Confira e perceba o quão interessante essas narrativas podem ser:
Lenda da Mandioca
Em uma tribo tupi, nasceu uma índia linda e muito adorada que recebeu o nome de Mani. Mas, apesar de todo o carinho que despertou na tribo, ela nasceu de uma relação que ainda não era oficializada entre a filha do cacique e um guerreiro, o que gerou certa tristeza para o líder.
Apesar disso, o cacique resolveu perdoar sua filha e conseguiu se alegrar pela chegada da neta, mas infelizmente ela foi encontrada morta em uma manhã. Triste com a perda da menina, sua mãe a enterrou na oca onde viviam e diariamente chorava no local como se estivesse o regando.
Com o tempo, uma planta começou a nascer nesse espaço e se tratava de uma espécie ainda desconhecida. Em homenagem a garotinha, foi dado a planta o nome de Mandioca, já que Mandi era o seu nome e Oca é casa, ou seja, significa Casa de Mandi.
Lenda da Vitória-Régia
A Vitória-régia é uma linda espécie de planta aquática, mas nem sempre foi assim, já que inicialmente era uma mulher indígena, Naiá, que se encantou com a Lua e, ao tentar tocá-la através da água do rio, acabou se afogando.
De acordo com a crença indígena, a Lua era Jaci e ela escolhia mulheres para transformar em estrelas, sendo esse o maior desejo de Naiá. Mas, ao saber da morte da jovem, Jaci ficou comovida e resolveu fazer diferente, a transformando em uma planta aquática que é também conhecida como Estrela das águas.
A Lenda do Boto
De acordo com essa lenda amazônica, em noites de lua cheia o boto cor-de-rosa se transforma em um homem de beleza encantadora, que se veste de branco e faz uso de um chapéu para esconder algumas características de boto que ainda permanecem em sua fisionomia.
É comum que ele apareça durante as festas juninas, costumando cortejar a moça mais bonita da noite e a levando para o fundo do rio, onde a engravida e abandona em seguida, já que na manhã seguinte volta a ser um boto.
Nessa região, inclusive, o boto costuma se tornar o culpado quando não se sabe de quem é o filho de uma mulher.
Lenda do Curupira
O Curupira era um jovem com pés virados ao contrário que cumpria a função de protetor da floresta. Isso despertava certo receio por parte do indígenas, que se alimentam do que estava disposto na natureza e por isso buscavam agradar o curupira com presentes, a exemplo da cachaça, para que não se tornassem vítimas dele.
Mas ele também atormentava os caçadores, fazendo com que se perdessem na floresta e assobiando a todo momento como forma de gerar irritação. Segundo a lenda, ainda hoje ele pode ser encontrado em regiões de mata mais densa.
Lenda do Pirarucu
Pirarucu era o nome de um guerreiro indígena que, apesar das atribuições físicas o denotarem força, era um homem maldoso, diferentemente do cacique, que era seu pai. Após tantos atos errados, o próprio Deus Tupã acabou se incomodando com sua conduta.
Enquanto o homem estava a beira do rio caçando, Tupã se juntou a outros deuses para formar uma forte tempestade. Ao perceber, o guerreiro deu risada e mostrou que não temia nada do que pudesse acontecer ali.
Isso fez com que a tempestade se tornasse mais forte e logo ele foi levado para o fundo do rio, onde se transformou no peixe Pirarucu.
Lenda do Uirapuru
Em determinada tribo amazônica, um jovem indígena chamava atenção: Era Quaraçá, que tocava uma flauta cheia de bambu e gostava muito de praticar o uso do instrumento enquanto passeava pelas matas.
O único problema é que esse homem era apaixonado pela esposa do cacique, o que seria um amor impossível. Em busca de ajuda, ele acabou indo para a área mais densa da mata para tentar encontrar com Tupã.
Ao encontrá-lo, o deus ficou tão tocado com a história que resolveu transformá-lo em um pássaro lindo e repleto de cores para evitar seu sofrimento. Ele ganhou o nome de Uirapuru e saiu feliz voando e cantando, despertando a atenção de todos, inclusive do cacique e sua mulher.
Lenda da Iara
Iara era o nome da uma guerreira indígena que chamava atenção pela sua coragem, despertando a inveja dos seus irmãos que se uniram para montar um plano com foco em colocar fim a vida da jovem.
Durante o ato, ela usa de todas as suas habilidades e ao invés de ser morta, consegue matar todos os irmãos. Logo depois, Iara foge com receio da reação do seu pai, que era o Pajé da tribo.
Porém, ele consegue encontrá-la e a castiga a jogando no rio, o que faz com que os peixes se movimentem para salvá-la. A partir disso, ela se torna metade mulher e metade peixe, passando a habitar os rios amazônicos e encantando a todos com o seu canto, especialmente os homens que se tornem enfeitiçados por ele.
Lenda do Guaraná
Um casal de indígenas sonhava em ter um filho, e para isso resolveram pedir ao Deus Tupã para ajudar. Não demorou muito para que a mulher engravidasse e nascesse um lindo menino, que ganhou o nome de Cauê.
Ele era muito querido por Tupã e, ao nascer, foi presenteado pelo deus com o dom de conversar com plantas e animais, o que despertou a inveja do deus da escuridão, Jurupari, que resolveu tramar uma emboscada para matá-lo.
Após a morte do menino, toda a tribo ficou triste, incluindo Tupã. Então, o deus resolveu fazer crescer na tribo uma nova planta, que gerava frutos chamados de guaraná. Assim, ele ordenou que os frutos fossem consumidos sempre que alguém precisasse de energia.
Lenda do Boitatá
A partir dessa lenda, o Boitatá seria uma serpente de fogo que era responsável por fazer a proteção das florestas, evitando a presença de caçadores, por exemplo. Assim, se escondia na água dos rios e ao perceber a presença de invasores, saia rapidamente da água já repleta de fogo para atacar.
Há ainda a crença de que quem sobrevivia a esse ataque, mas olhava nos olhos do Boitatá, acabava se tornando uma pessoa cega e louca.
Lenda do Muiraquitã
Com base na lenda, era comum que as índigenas que viviam às margens de rios amazônicos aproveitassem as noites de lua cheia para mergulharem em busca de pedras que, ao voltar para a superfície, eram moldadas até que ganhassem o formato de animais como os sapos.
A pedra em questão era a jade, e por isso o amuleto tinha um encantador tom de verde. Logo se transformavam em colares que eram entregues aos parceiros como amuleto de proteção para quando fossem para a calça ou até mesmo batalhas.
A esse amuleto, foi dado o nome de Muiraquitã, e ainda hoje ele é considerando um símbolo de boa sorte.
Lenda do Mapinguari
Apesar da aparência assustadora, o Mapinguari seria uma monstro amazônico que ataca somente aqueles que invadem a floresta com más intenções, fazendo sua proteção e evitando que o local seja negativamente afetado pela ação humana.
Ele possui apenas um olho, braços fortes e dentes na região da barriga, que serviam justamente para comer os caçadores.