+99 Gírias de Cada Estado do Brasil: De Norte ao Sul!

O Brasil tem 26 estados, além do Distrito Federal, cada um com gírias e dialetos próprios. Neste post você confere mais de 99 gírias de cada estado do Brasil – muitas delas são utilizadas em vários estados de uma mesma região e até mesmo em regiões diferentes, de forma que é comum ouvir as mesmas expressões em locais totalmente diferentes geográfica e culturalmente.

Acre

Arre diacho: expressão de espanto;
Arrodear: dar a volta;
Espocar: estourar;
Xiringar: espalhar;
Cutex: esmalte;
Extrato: perfume:
Ruma: amontoado;
Baldear: jogar água do balde.

Alagoas

Eita Gota: expressão de espanto;
Lomba: engraçado;
Peidado: revoltado;
Azogado: ansioso;
Avalie: veja só;
Cacete: surra;
Caba de pêia: safado;
Biboca: lugar distante.

Amapá

Maninha(o), mana(o), vizinho(a): gírias usadas para falar com alguém;
“Tu jura, não?”: claro que não;
Não, é pão!: frase usada para confirmar algo já dito;
Pai d’égua: algo bom;
Não, é cuia: também usada para confirmar algo já dito;
Pomba lesa: usada para chamar alguém de lerdo, para chamar atenção de alguém que não entendeu o que foi falado;
Gito, gitinho: pequeno, muito pequeno;
Porrudo, do porrudo: grande, muito grande.

Amazonas

Telezé: Abreviação ‘Tu é Leso, é?’ – pessoa sem juízo;
Pegar o beco: ir embora;
Te arreda: afastar;
De rocha: de verdade;
Égua: expressão de espanto e admiração;
Dana de rato: enrolação;
Ê Caroço: salvo por pouco;
No olho: resposta certeira.

Bahia

Ó paí, ó: olhe para isso/veja isso;
Coisinha/coisinho: gíria usada para chamar alguém;
Vixe (vem de Virgem Maria): expressão de espanto;
Arrodear: dar a volta;
Oxe ou oxente: interjeição de espanto;
Comer água: beber;
Se pique: saia;
Crocodilagem: enganar;
Barril dobrado: tenso;
Casa da porra: longe;
Migué: mentira;
Dar um zig: enganar.

Ceará

Mangar: debochar;
Macho ou macho réi: gíria usada para chamar alguém;
Diabéisso: expressão de espanto;
Estribado: cheio de grana;
Queixar: cantar uma pessoa;
Tem é Zé: é muito difícil;
Arre Égua: expressão de espanto;
Baixa da égua: lugar distante;
Ceroto: sujeira;
Magote: aglomeração de pessoas;
Chei dos pau: bêbado;
Gastura: azia;
Ariado: perdido.

Distrito Federal

Véi: alguém;
Pagar vexa: passar vergonha;
Pala: algo ruim;
Lombra: devaneio;
Esparrado: ótimo;
Bau: ônibus;
Cabuloso: exagerado;
Morgando: sem fazer nada.

Espírito Santo

Massa: legal;
Chapoca: maior que o normal;
Véi: chamar alguém;
Cacunda: nos ombros;
Palha: ruim, chato:
Champinha: tampinha;
Pão de sal: pão francês;
Pocar: estourar, muito bom.

Goiás

Rensga: expressão de espanto;
Carcá: colocar;
Bão demais da conta: ótimo;
Anêim: Ah, não;
Paia: chato;
Mocorongo: bobo;
Ridico: egoísta;
Tem base?: Pode uma coisa dessa?;
Trupicar: tropeçar.

Maranhão

Éguas: espanto;
Esparroso: exagerado;
Aziado: sem ânimo;
Só quer ser: pessoa metida;
Dá teus pulos: se vira;
Invocado: zangado;
Remoso: perigoso;
Té doido: tu é doido?;
Perainda: espera aí.

Mato Grosso

Agora quando?: dúvida;
Atarracado: abraçado;
Bocó de fivela: ignorante;
Arroz-de-festa: não perde festa;
Corre duro: anda rápido;
Cêpo: ótimo;
Catcho: namoro;
Leva-e-traz: fofoqueiro;
Moage: frescura.

Mato Grosso do Sul

Alas: legal;
Pior: quando concorda;
Manjar: entender;
Jow: amigo;
Barca: carro;
Baguiu: coisa:
Morgar: ter preguiça;
Dar um pião: sair;
Goma ou Gruta: casa.

Minas Gerais

Trem/Breguete: coisa;
Véi: gíria usada para chamar alguém;
Nu (diminutivo de Nossa Senhora): usado para expressar surpresa;
Pegando boi: levar vantagem;
Uai: interjeição com vários sentidos;
Sô: senhor;
Cata-jeca: ônibus do interior;
Fragar: entender;
Zé Dend’água: bobo;
Bololô: confusão:
Bicudo: bêbado;
Pica a mula: cai fora.

Pará

Égua: interjeição de espanto;
De rocha: sério;
Não, é pão!: claro que sim;
Nem com nojo: de jeito nenhum;
Bazuca: chiclete;
Carapanã: mosquito;
Rapidola: rápido:
Filho de pipira: quem sempre pede.

Paraíba

Oxente: interjeição de surpresa, admiração;
Abibolado: sem juízo;
Arribar: sair;
Encarcar: fazer pressão;
Miolo de pote: coisa sem importância;
Chapéu de touro: alguém que se relaciona com pessoa infiel;
Avoar: jogar fora.

Paraná

Piá: criança;
Arrodiá: girar;
Baita: grande;
Joça: coisa sem valor;
Gasosa: refrigerante;
Japona: agasalho.
Pila: moeda;
Posar: dormir na casa de alguém;
Cozido: bêbado;
Penal: estojo para lápis;
Apurado: com pressa;
Ligeirinho: ônibus;
Pani: padaria;
Piá de prédio: menino ingênuo.

Pernambuco

Visse: certo;
Buliçoso: mexe em tudo;
Emburacar: entrar em licença;
Boyzinha: namorada:
Pantim: dificuldade;
De rosca: difícil;
Arretado: bravo;
Zuada: barulho;
Tabacudo: bobo;
Queijudo: pessoa fresca.

Piauí

Abestado: otário;
Botar catinga: atrapalhar;
Budejar: falar muito, resmungar;
Mangar: rir de alguém;
Triscar: encostar;
Espancar a lôra: beber cerveja;
Moiado: feio;
Caxaprego: lugar distante.

Rio de Janeiro

Brother/mermão: gírias usadas para chamar alguém;
Irado: legal;
Sinistro: estranho;
Caô: mentira;
Night: balada, festa;
Bolado: preocupado, chateado.
Já é: concordância;
Meter o pé: sair;
Valeu: agradecimento;
Mermão: meu irmão;
Parada: alguma coisa;
Tá ligado?: presta atenção;
Maneiro: legal;
Trocar uma ideia: conversar.

Rio Grande do Norte

Eita Píula: interjeição de surpresa;
Galado: engraçado;
Balaio de gato: bagunça;
Bagana: ponta de cigarro;
Bexiga taboca: alguém com muita raiva;
Gangueiro: de gangue ou com calças largas.

Rio Grande do Sul

Guri/Guria: menino/menina;
Tri: um prefixo utilizado para intensificar uma sensação ou adjetivo. Ex.: trilegal;
Lancheria: lanchonete;
Cacetinho: pão francês;
Chimas: chimarrão com água fria;
Capaz: imagina/até parece;
Bah: interjeição de admiração;
Tchê: saudação;
Arrecém: há pouco;
Atucanado: preocupado;
Bucha: difícil;
Peleia: briga;
Talagaço: de uma vez só;
Trova: mentira.

Rondônia

Marrapaz: expressão de surpresa, admiração;
Meu ovo: discordância;
Leseira: preguiça, desatenção;
Lazarento: infeliz;
H: agá – papo furado;
Cair na buraqueira: gandaia;
Casão: presídio.

Roraima

Tédoidé: expressão de admiração;
Curumim: menino;
Maceta: grande, forte;
Brocado: com fome;
Piseiro: lugar com festa ao ar livre;
Cotião: solteiro;
Bota pra cima: desafia;
Bisonho: sem noção.

Santa Catarina

Tas Tolo?: Tá louco?;
Manezinho: morador da Ilha de Florianópolis;
Lagartear: passear;
Jererê: rede de pesca;
Calhau: coisa grande;
Botar tento: prestar atenção;
Matar a pau: acertar em cheio;
Em 2 toques: rápido;
Ajojado: quieto.

São Paulo

Mano/meu/véi: gírias usadas para chamar alguém;
Daora: legal;
Rolê: dar uma volta, um passeio;
Treze: pessoa louca;
De boa, sussa: tranquilo;
Padoca: padaria;
Bang: coisa;
Camelar: andar a pé;
Dar um pião: dar uma volta;
Da Hora: legal;
Dois Palitos: rápido;
Na faixa: de graça;
Bater uma laras: comer;
Bugado: perdido, sem entender;
B.O.: problema.

Sergipe

Vôti: interjeição de surpresa;
Pungar: entrar em veículo em movimento;
Pentcha: expressão de admiração;
A migué: à toa, ao acaso;
Quem gaba o sapo é jia: elogio a alguém próximo;
Fumbambento: desbotado.

Tocantins

Siá ou siázinha, muié, merirmã, fia: gírias usadas para se referir a pessoas próximas;
Canguina ou canguinha: pessoa que não gosta de gastar dinheiro, mesquinha, pão dura, sovina;
Desapiar: descer;
Estruir: desperdiçar;
Arrodeia: dar a volta, ir pelo outro lado;
Brocado: com fome;
Te aquieta: para com isso;
Banhá: tomar banho.