15 Danças Típicas da Região Norte: Carimbó, Desfeiteira e Mais!



A cultura do Norte é rica em manifestações culturais, incluindo suas danças típicas: carimbó, camaleão, dança do maçarico, lundu marajoara, entre tantas outras. Com influências indígenas, europeias e africanas, cada dança típica da região Norte possui suas características próprias e impressiona pelas representações. Confira!

1. Carimbó

A dança típica do Pará é uma das mais famosas do Norte, feita em pares e em movimentos giratórios. Ao som das batidas no curimbó, um tambor que é tocado com as mãos, homens e mulheres em pares na roda seguem com passos pequenos arrastados e ligeiros.

Primeiro, o rapaz chama a moça para dançar batendo palmas e ela, com saia rodada, vai fazendo os passos, alguns imitando movimentos de animais.





2. Dança do maçarico

A dança do maçarico se originou no município de Cametá, no Pará, tendo forte influência portuguesa e afro-brasileira, dançada ao som de um ritmo alegre com passos saltitantes e versos cantados pelos próprios dançantes.

O nome da dança vem de um pássaro comum no estado que possui pernas compridas e corre bastante. A coreografia imita os movimentos do pássaro e também inclui passos inspirados por danças dos salões da Corte de Portugal.

3. Camaleão

Na dança rural do Camaleão, os passos são chamados de jornadas. Homens e mulheres dançam em pares ao som de cantigas e melodias entoadas com o trio de instrumentos: violão, cavaquinho e rabeca. O refrão é obrigatório: “Amarra camaleão/ amarra meu bem também”.





Assim como o camaleão usa sua cauda chicoteando o ar para se defender, a dança imita seus passos com um giro e um pulo ao som do violão, cavaquinho e rabeca. A manifestação também é comum em algumas regiões do Nordeste, principalmente na Paraíba.

4. Desfeiteira

Na desfeiteira, os pares circulam livres pelo salão passando pela banda que toca de tudo um pouco: sambas rurais, valsas, polcas, xotes e outras. Quando os músicos param de tocar, os pares também param imediatamente. O casal que parar em frente à banda é chamado e um deles é chamado para declamar versos. Caso não consiga, é vaiado e paga uma prenda.

5. Marambiré

O marambiré representa a comemoração dos povos africanos após a abolição da escravidão. A dança é feita em duplas e inclui um cortejo, uma marcha e um festejo sincrético, misturando elementos religiosos e profanos.

6. Lundu marajoara

Lundu marajoara é uma dança sensual e envolvente do Pará que tem influência africana. A intenção da dança é demonstrar o homem convidando a mulher para um encontro sexual. Os movimentos são rotacionais, com a mulher mexendo o quadril e o homem segue a acompanhando ao som de instrumentos como banjo, cavaquinho e clarinete.

Os trajes para a dança são compostas pelo conjunto de saias coloridas e blusas rendadas para as mulheres e calças brancas para homens.

7. Marabaixo

Marabaixo é uma dança ritualística e profana, mas que representa a festa do Divino, sendo a maior manifestação artística e cultural do Amapá de origem africana. Ao som de tambores e caixas, homens e mulheres dançam com movimentos que imitam a capoeira: mulheres com saias longas e rodadas e homens de shorts e camiseta.

8. Dança do Siriá

O nome Siriá se refere à abundância de siris na região de Cametá, município de origem da dança que é uma variação do batuque africano feita em ritmo lento inicialmente, e depois acelera, tudo ao som dos versos cantados, enquanto os dançarinos fazem curvas para a esquerda e direita no refrão.

9. Marujada

A marujada também é conhecida como fandango e tem origem portuguesa. Homens e mulheres se juntam ao folguedo, os homens com instrumentos musicais e as mulheres e crianças nas danças e encenações com movimentos que copiam o balanço das ondas do mar, tudo representando a travessia dos marujos na época das grandes navegações.

10. Samba do cacete

Também originado no município de Cametá, o samba do cacete é uma dança sensual feita ao som do ritmo marcado pelo curimbó e dois cacetes utilizados para bater no instrumento. É uma importante manifestação cultural ainda preservada em comunidades quilombolas que representa a resistência do negros escravizados.

11. Retumbão

O retumbão é a dança folclórica mais conhecida da Marujada de Bragança, no Pará. É uma variação do Lundu, mas com uma coreografia totalmente diferente ao som de uma melodia contagiante.

12. Jacundá

Jacundá é o nome de um peixe na Amazônia e também o nome de uma dança de roda composta por homens e mulheres alternadamente, que vão em pares ou cada um por vez ao centro da roda e tentam escapar. A música é sempre a mesma e a roda nunca para de girar!

13. Dança do Sol

A Dança do Sol era chamada Quaraci Poracê, inicialmente dançada entre os índios na década de 30 e repleta de passos, como o caracol;, tipiti de um, de dois, de três e de quatro, trança, rede, e chochê.

14. Gambá

Gambá é uma dança de terreiro que acontece ao som de um grupo de cantores, onde os brincantes formam uma roda ou duas fileiras que rodeiam o par solista e batem palmas no ritmo entoado pelo tambor (gambá) feito com um tronco de árvore.

A dança se inicia com uma mulher acenando um lenço grande colorido, requebrando e mexendo o corpo, até jogar o lenço aos pés de algum dançador do grupo, que pega o lenço e vai atrás da dama. A dança segue com provocações e fugas por parte dos dois, até que acaba com os dois juntos dançando sensualmente.

15. Serafina

A serafina é típica do Amazonas, dançada por homens e mulheres que ficam em fileiras separadas e fazem os movimentos chamados de “Batição”.

Depois eles se organizam em círculo e fazem os arrodeios e outros passos, se arrumando em novas formações, empunhando ornamentos e objetos próprios, como fitas e lenços, tudo isso ao som de música rural feita com instrumentos como cavaquinho, reco-reco, violão, gambá, entre outros.

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